Inteligência Artificial simula 500 milhões de anos de evolução e cria nova proteína
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Uma equipe de cientistas, associada à startup EvolutionaryScale, conseguiu utilizar a Inteligência Artificial para projetar uma nova versão da Proteína Verde Fluorescente (GFP), um processo que, na natureza, levaria cerca de 500 milhões de anos para ocorrer. Os cientistas afirmam que esse avanço pode marcar o início de uma nova era na biologia sintética. O modelo foi descrito em um estudo científico e uma versão aberta foi disponibilizada para pesquisadores.
ESM3
Os pesquisadores desenvolveram um modelo de IA chamado ESM3, especializado na análise e geração de proteínas a partir de grandes volumes de dados biológicos. Esse modelo contou com mais de 3,15 bilhões de sequências de proteínas de diversas fontes, desde microrganismos da Amazônia até organismos dos oceanos. Entre suas demonstrações mais impressionantes, o ESM3 foi capaz de simular a evolução da GFP, proteína responsável pelo brilho de águas-vivas e corais fluorescentes.
![Água-viva fluorescente](/sites/history.uol.com.br/files/inline-images/%C3%81gua-viva%20-%20Fluorescente%20-%20Medusa%20-%20History%20Channel%20Brasil.jpg)
Treinado com um volume de processamento sem precedentes para a biologia, o ESM3 analisa simultaneamente a sequência, estrutura e função das proteínas, permitindo que cientistas não apenas compreendam, mas também projetem novas moléculas com precisão. “O ESM3 dá um passo em direção a um futuro da biologia em que a IA é uma ferramenta para projetar desde os princípios fundamentais, da mesma forma que projetamos estruturas, máquinas e microchips, e escrevemos programas de computador”, dissw Alexander Rives, cofundador e cientista-chefe da EvolutionaryScale.
Os especialistas afirmam que a capacidade de projetar novas proteínas com propriedades aprimoradas abre caminho para avanços inimagináveis nos campos da medicina, da biotecnologia e do meio ambiente. Além disso, os responsáveis pelo projeto garantem que a IA ESM3 continuará evoluindo, permitindo o design de proteínas cada vez mais complexas e úteis para a humanidade.