Jeff Bezos apresenta estação espacial que receberá turistas e experimentos científicos

A Blue Origin (empresa de Jeff Bezos) e a Sierra Space deram mais um passo para o desenvolvimento da Orbital Reef, uma estação espacial privada que será construída na órbita baixa da Terra. Com um design multifuncional, essa estrutura combinará dormitórios, laboratórios e espaços comerciais, permitindo acesso sem precedentes ao turismo e à pesquisa científica no espaço.

Desativação da Estação Espacial Internacional

A Orbital Reef está sendo desenvolvida sob o Programa de Desenvolvimento Comercial de Órbita Baixa (CLD) da NASA, que busca alternativas para a Estação Espacial Internacional, que será desativada em 2030. Cumprindo uma etapa importante, a iniciativa da nova estrutura foi aprovada pelos protocolos da Revisão de Definição do Sistema (SDR) junto à agência espacial dos Estados Unidos. A conclusão valida o projeto e confirma que ele é viável para avançar à fase de design. 

A Blue Origin recebeu US$ 130 milhões em financiamento da NASA, enquanto a Sierra Space conseguiu garantir US$ 1,4 bilhão em financiamento para o projeto. Outras companhias, como Axiom Space, NanoRacks e Northrop Grumman estão desenvolvendo suas próprias estações espaciais como parte do programa CLD da agência espacial.

A Orbital Reef foi projetada para abrigar turistas espaciais, pesquisadores e empresas em um espaço autossuficiente de 823 metros cúbicos. A estação oferecerá módulos para estudos científicos, áreas sociais e espaços comerciais adaptados, criando um ambiente que une ciência, negócios e entretenimento.

A expectativa é que a Orbital Reef comece a operar em 2027. “Estamos à beira da revolução industrial mais profunda da história humana. Não se trata apenas de turismo – trata-se de desbloquear as próximas grandes descobertas usando as fábricas em microgravidade que construiremos a apenas 400 quilômetros acima da superfície da Terra”, disse Tom Vice, CEO da Sierra Space.

A desativação da Estação Espacial Internacional, programada para 2030, marca o encerramento de uma etapa histórica na exploração espacial. A NASA destinou 843 milhões de dólares à SpaceX para realizar a manobra de desorbitagem de forma segura, dando fim a um símbolo de cooperação científica internacional que, por décadas, permitiu avanços pioneiros em várias disciplinas.