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Possibilidade de bombardeio a Chernobyl preocupa especialistas

Forças da Rússia tomaram a região durante a invasão à Ucrânia
Por History Channel Brasil em 25 de Fevereiro de 2022 às 20:40 HS
Possibilidade de bombardeio a Chernobyl preocupa especialistas-0

As forças russas que estão invadindo a Ucrânia tomaram a região onde fica a usina de Chernobyl, palco do pior acidente nuclear da história, em 1986. Após a chegada das tropas russas, a agência nuclear russa informou que está registrando um aumento nos níveis de radiação da área. A possibilidade de bombardeios no local é motivo de preocupação em todo o mundo.

Evento catastrófico

"Nossos soldados estão dando suas vidas para que a tragédia de 1986 não se repita", disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, pouco antes da chegada dos russos à cidade de Pripyat, onde Chernobyl fica situada. Em 26 de abril daquele ano, a explosão de um reator provocou um evento catastrófico que afetou diretamente a vida de milhares de pessoas. Os danos do desastre não foram totalmente calculados, mas especialistas acreditam que milhares de pessoas morreram e em torno de 70 mil sofreram contaminação radioativa. 

Chernobyl abriga quatro reatores nucleares, três dos quais foram desativados. O quarto foi a fonte da explosão histórica. Atualmente, ele é protegido por um sarcófago de concreto e uma carcaça externa de 32 mil toneladas. O combustível nuclear usado de outros reatores ainda é armazenado no local, juntamente com resíduos radioativos de equipamentos contaminados.

Pripyat - Chernobyl - Ucrânia

Agora, especialistas expressaram temores de que qualquer futuro bombardeio desses locais possa espalhar material radioativo muito além da zona de exclusão de Chernobyl (uma área fora dos limites ao redor do desastre) até mesmo para países vizinhos. "Se, como resultado dos ataques de artilharia dos ocupantes, a instalação de armazenamento de resíduos nucleares for destruída, a poeira radioativa pode cobrir os territórios da Ucrânia, Bielorrússia e os países da UE [União Europeia]", afirmou Anton Gerashchenko, conselheiro e ex-vice-ministro do Ministério do Interior da Ucrânia.

Mas outros pesquisadores acreditam que a realidade pode não ser tão terrível. “Mesmo que houvesse um bombardeio inadvertido dessa estrutura de confinamento, acho que seria necessário mais do que isso para liberar uma quantidade significativa de material radioativo”, disse Edwin Lyman, diretor de segurança de energia nuclear da ONG ambiental União de Cientistas Preocupados, em entrevista ao site Live Science.

Fontes
Live Science e CNN
Imagens
iStock