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Estudo confirma que fósseis podem preservar materiais orgânicos originais

Descoberta de colágeno em ossos fossilizados pode revolucionar a paleontologia
Por History Channel Brasil em 01 de Fevereiro de 2025 às 16:11 HS
Estudo confirma que fósseis podem preservar materiais orgânicos originais-0

Por muito tempo, acreditava-se que o processo de fossilização destruía completamente qualquer vestígio de moléculas orgânicas originais. No entanto, uma pesquisa inovadora conduzida pela Universidade de Liverpool, na Inglaterra, encontrou fortes indícios de que fósseis do período Mesozoico, incluindo ossos e dentes de dinossauros, ainda contêm esses materiais preservados. O estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Analytical Chemistry.

Fragmentos de colágeno

Utilizando espectrometria de massa avançada e outras técnicas, os cientistas identificaram fragmentos de colágeno no osso do quadril de um Edmontosaurus, um dinossauro herbívoro de bico de pato. O estudo analisou um fóssil de 22 quilos, proveniente da Formação Hell Creek, em Dakota do Sul, nos Estados Unidos, que faz parte da coleção da universidade.

Fóssil do osso do quadril de um Edmontosaurus
Fóssil do osso do quadril de um Edmontosaurus (Imagem: Universidade de Liverpool/Divulgação, via EurekAlert)

"Esta pesquisa mostra além de qualquer dúvida que biomoléculas orgânicas, como proteínas do tipo colágeno, parecem estar presentes em alguns fósseis", afirmou o professor Steve Taylor, da Universidade de Liverpool. Ele destaca que a descoberta contraria a ideia de que a presença de matéria orgânica em fósseis seria apenas resultado de contaminação. Além disso, sugere que imagens microscópicas de ossos fósseis feitas há um século podem conter vestígios preservados de colágeno, revelando novas informações sobre a evolução dos dinossauros.

A pesquisa não apenas esclarece um antigo debate científico, mas também abre novas possibilidades para o estudo da vida pré-histórica. A descoberta pode ajudar a compreender melhor as conexões entre espécies extintas e os mecanismos que permitiram a preservação dessas proteínas por milhões de anos.

Fontes
Universidade de Liverpool
Imagens
iStock